Russo: idioma do terceiro império
Língua eslava falada na Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Cazaquistão e Quirguistão, e utilizada amplamente, embora sem caráter oficial, na Letônia, Estônia e nos diversos outros países que formavam as repúblicas da antiga União Soviética, o russo possui tamanha complexidade que virou sinônimo de algo de difícil compreensão para os brasileiros. Não é preciso dizer, portanto, o quanto a tradução técnica do russo para qualquer idioma exige cuidados e conhecimento redobrado da língua e da cultura eslava.
Por Juliana Tavares
Terra de inúmeros palácios e igrejas, a Rússia foi fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros vikings e pelos seus descendentes, responsáveis pela conquista, anexação e exploração de territórios – o que tornou o Império Russo o terceiro maior da história, estendendo-se da Polônia, na Europa, até o Alasca, na América do Norte.
Língua de grandes escritores, entre eles Fiódor Dostoievski e Anton Tchekhov, o russo é falado, atualmente, por 145 milhões de pessoas. Possui vocabulário, princípios de formação de palavras, inflexões e o estilo literário fortemente influenciados pelo eslavônico eclesiástico, a primeira língua eslava, baseada no antigo dialeto falado na região de Tessalônica.
Formado por inúmeros dialetos, o russo teve a fonologia e a sintaxe influenciadas também pelas diversas línguas fínicas, como o merya, o moksha, o muromiano – muitas das quais já estão extintas – assim como por alguns idiomas europeus, como polonês, latim, holandês, alemão, francês e inglês. O mapeamento detalhado dos dialetos russos teve o seu início na virada do século XX. Para se ter uma ideia da quantidade de palavras dialetais, o Atlas Dialetológico da Língua Russa, foi publicado em três volumes (1986–1989), depois de quatro décadas de trabalho preparatório. Em 1990, ocorreu a padronização do idioma, especialmente em termos de vocabulário. Mas, apesar disso, diversos dialetos se mantiveram com características distintas em termos de pronúncia e entonação, vocabulário e gramática.
Como se não bastassem os dialetos, a capacidade de aglutinar e criar múltiplos compostos e diminutivos do russo faz com que o número total de palavras seja difícil de ser estimado. A gramática possui uma morfologia altamente sintética e uma sintaxe influenciada pela Igreja Eslava, pelo estilo europeu ocidental e com base de vernáculo polida.
Escrito com uma versão modificada do alfabeto cirílico, que consiste de 33 letras, o russo possui como característica marcante a distinção entre os fonemas consonantais que têm articulação secundária palatal e aqueles que não têm os chamados sons, suaves e duros.
A declinação nominal é sujeita a seis casos gramaticais (nominativo, genitivo, dativo, acusativo, instrumental e preposicional), em dois números (singular e plural), e obedece ao gênero gramatical (masculino, feminino e neutro). Porém, já foram identificados até 10 casos adicionais em livros de linguística.
Não há artigos definidos ou indefinidos e o sentido de um substantivo é determinado pelo contexto em que ele se encontra. Razões mais que suficientes para fazer com que a tradução de documentos, especialmente técnica para o russo seja uma tarefa melhor realizada por profissionais altamente capacitados e atualizados.
Terra de inúmeros palácios e igrejas, a Rússia foi fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros vikings e pelos seus descendentes, responsáveis pela conquista, anexação e exploração de territórios – o que tornou o Império Russo o terceiro maior da história, estendendo-se da Polônia, na Europa, até o Alasca, na América do Norte.
Língua de grandes escritores, entre eles Fiódor Dostoievski e Anton Tchekhov, o russo é falado, atualmente, por 145 milhões de pessoas. Possui vocabulário, princípios de formação de palavras, inflexões e o estilo literário fortemente influenciados pelo eslavônico eclesiástico, a primeira língua eslava, baseada no antigo dialeto falado na região de Tessalônica.
Formado por inúmeros dialetos, o russo teve a fonologia e a sintaxe influenciadas também pelas diversas línguas fínicas, como o merya, o moksha, o muromiano – muitas das quais já estão extintas – assim como por alguns idiomas europeus, como polonês, latim, holandês, alemão, francês e inglês. O mapeamento detalhado dos dialetos russos teve o seu início na virada do século XX. Para se ter uma ideia da quantidade de palavras dialetais, o Atlas Dialetológico da Língua Russa, foi publicado em três volumes (1986–1989), depois de quatro décadas de trabalho preparatório. Em 1990, ocorreu a padronização do idioma, especialmente em termos de vocabulário. Mas, apesar disso, diversos dialetos se mantiveram com características distintas em termos de pronúncia e entonação, vocabulário e gramática.
Como se não bastassem os dialetos, a capacidade de aglutinar e criar múltiplos compostos e diminutivos do russo faz com que o número total de palavras seja difícil de ser estimado. A gramática possui uma morfologia altamente sintética e uma sintaxe influenciada pela Igreja Eslava, pelo estilo europeu ocidental e com base de vernáculo polida.
Escrito com uma versão modificada do alfabeto cirílico, que consiste de 33 letras, o russo possui como característica marcante a distinção entre os fonemas consonantais que têm articulação secundária palatal e aqueles que não têm os chamados sons, suaves e duros.
A declinação nominal é sujeita a seis casos gramaticais (nominativo, genitivo, dativo, acusativo, instrumental e preposicional), em dois números (singular e plural), e obedece ao gênero gramatical (masculino, feminino e neutro). Porém, já foram identificados até 10 casos adicionais em livros de linguística.
Não há artigos definidos ou indefinidos e o sentido de um substantivo é determinado pelo contexto em que ele se encontra. Razões mais que suficientes para fazer com que a tradução de documentos, especialmente técnica para o russo seja uma tarefa melhor realizada por profissionais altamente capacitados e atualizados.