Árabe: o idioma de Alá
Falado por mais de 250 milhões de pessoas no mundo, o árabe é considerado a língua espiritual do Islã. As curiosidades, características e aspectos históricos do árabe exigem do trabalho de tradução para qualquer outro idioma um cuidado redobrado, sob o risco de prejudicar o entendimento do documento e causar constrangimentos até diplomáticos. A All Tasks, especializada em traduções técnicas de grande porte, normas técnicas e manuais técnicos e de documentações técnicas, mantém uma equipe altamente qualificada para atender a grandes demandas de trabalho de tradução para o árabe.
Por Juliana Tavares
O árabe é um idioma complexo e misterioso por definição. Talvez porque a própria história árabe e seus vestígios estejam encobertos pelas areias dos desertos sauditas e africanos, por onde seu povo, de natureza nômade, circulou nos primórdios da civilização.
Considerados parte dos povos semíticos que habitavam a península arábica, a qual compreende, atualmente, a Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Omã e Iêmen, os árabes seriam originários de “Sem, filho de Noé” – daí a palavra semita. Eles teriam habitado o Golfo Árabe como grupos independentes uns dos outros. A geografia e fatores naturais da península teriam influenciado a formação das tribos árabes e o respectivo modo de viver e se relacionar com outras civilizações.
O texto mais antigo que cita a palavra “árabe” é dos escritos assírios do Rei Shalmanassur III, que utilizou a pronúncia “arab” para determinar principados ou capitanias nos desertos que circundavam a Assíria. O primeiro a citar os árabes entre os gregos foi Ésquilo 456-505 a.C., seguido por Heródoto 425 – 484 a. C., que denominou “Arabae” todos os grupos localizados na Península Arábica, a leste do Rio Nilo e do deserto do Sinai, sem levar em consideração as diferenças entre tribos e dialetos.
Foi em 610 d.c, porém, que o árabe ganhou a importância que faz dele, hoje, o idioma de mais de 250 milhões de pessoas, em 22 países – que compartilham o mesmo patrimônio histórico e cultural, embora mantenham suas peculiaridades.
Foi nesse ano também que, o profeta Maomé iniciou o seu chamado ao islamismo e converteu os árabes a uma nova religião, que se espalhou para além dos limites da península arábica. Em apenas um século, a religião Islâmica se estendeu pela Península Ibérica, Norte da África e África Central, todo o Oriente Médio e Ásia Central, anunciando o surgimento de um Estado e uma civilização Árabe-Islâmica, que compreendia muitos outros povos e nações não árabes.
Uma civilização que contribuiu para o desenvolvimento humano ao influenciar a arte, filosofia, medicina, astronomia, matemática, física e navegação, além de prestar grandes serviços à humanidade como a preservação da cultura grega, romana e bizantina.
O árabe clássico é a língua usada no Corão, considerado, portanto, normativo. Pela dificuldade em traduzir alguns conceitos da própria cultura árabe ou do islã, os muçulmanos, por tradição, consideram impossível traduzir o livro sagrado sem trair o sentido original do texto. É por essa razão que, diferentemente de outros idiomas que evoluíram com o tempo, o árabe mantém intactas as suas características.
O árabe coloquial ou dialetal se refere às diversas variantes nacionais ou regionais que formam a língua oral, utilizadas principalmente na mídia falada informal, como em telenovelas ou na publicidade – não por acaso, muitos linguistas as consideram idiomas distintos do árabe. Já o árabe padrão moderno (por vezes chamado de árabe literário) é a versão amplamente ensinada em escolas e universidades, e utilizada em ambientes de trabalho, órgãos governamentais e na mídia.
Tantas variantes já seriam suficientes para torná-lo desafiador para qualquer pessoa que ousar enfrentá-lo, não fosse outra característica que o torna ainda mais complicado de entender e assimilar: em árabe, uma palavra pode ser um nome, um verbo ou uma preposição. Não existem, como no português, categorias distintas para os adjetivos, advérbios etc.
Composto de 28 letras escritas da direita para a esquerda, que podem formar até 84 maneiras diferentes de escrever, dependendo da posição que ocupam no início, no meio ou no final da palavra, o árabe destaca as consoantes e a utilização de vogais é opcional. Os livros são lidos de trás para frente.
Embora seja o segundo idioma, depois do latim, que mais contribuiu com a ampliação de vocábulos para as línguas portuguesa e espanhola, o árabe possui cinco letras do alfabeto árabe sem referentes no português. É por essa razão que num trabalho de tradução para o árabe, é comum recorrer a línguas mais conhecidas e difundidas, tais como inglês, francês, espanhol ou alemão – cuja influência remete à dominação político-econômica das potências mundiais na região. Com a globalização e a ampliação dos recursos tecnológicos e da internet, que favoreceram a influencia de diferentes idiomas em outras línguas, a tradução de documentos do árabe para outro idioma requer ainda mais cuidados – que devem ser ainda maiores no caso de tradução de normas e documentos técnicos.
Tanto preciosismo fez como que a All Tasks, no inicio dos trabalhos de tradução do português para o árabe, utilizasse canetas de bambu e realizasse um acompanhamento detalhado de todo o processo de impressão do documento na gráfica. Embora hoje já sejam utilizados computadores no processo, o acompanhamento da impressão ainda é necessário.
Por ter muitos símbolos parecidos que representam diferentes letras e sons, diferenciados apenas por pequenos traços ou pontos, o árabe é um idioma difícil de ser aprendido. Mais um motivo para que a tradução de documentos, literários ou técnicos, do árabe para o português seja feita por uma empresa especializada.
Na tradução do árabe para o português também é preciso utilizar o Double Byte Character Sets (Conjuntos de Caracteres de Bytes Duplos). Isso porque, assim como ocorre com o japonês, chinês ou coreano, não há espaços entre os diferentes caracteres, o que pode causar problemas, como a presença de linhas desconexas. No caso do árabe (assim como do hebraico e do urdu), há ainda a necessidade da utilização de uma etiqueta DIR (Algoritmo Direcional Unicode) que indica a direção em que um texto deve ser lido. Uma boa empresa de tradução deve ter acesso a essa tecnologia e a profissionais altamente capacitados na tradução do árabe para qualquer idioma.
O árabe é um idioma complexo e misterioso por definição. Talvez porque a própria história árabe e seus vestígios estejam encobertos pelas areias dos desertos sauditas e africanos, por onde seu povo, de natureza nômade, circulou nos primórdios da civilização.
Considerados parte dos povos semíticos que habitavam a península arábica, a qual compreende, atualmente, a Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Omã e Iêmen, os árabes seriam originários de “Sem, filho de Noé” – daí a palavra semita. Eles teriam habitado o Golfo Árabe como grupos independentes uns dos outros. A geografia e fatores naturais da península teriam influenciado a formação das tribos árabes e o respectivo modo de viver e se relacionar com outras civilizações.
O texto mais antigo que cita a palavra “árabe” é dos escritos assírios do Rei Shalmanassur III, que utilizou a pronúncia “arab” para determinar principados ou capitanias nos desertos que circundavam a Assíria. O primeiro a citar os árabes entre os gregos foi Ésquilo 456-505 a.C., seguido por Heródoto 425 – 484 a. C., que denominou “Arabae” todos os grupos localizados na Península Arábica, a leste do Rio Nilo e do deserto do Sinai, sem levar em consideração as diferenças entre tribos e dialetos.
Foi em 610 d.c, porém, que o árabe ganhou a importância que faz dele, hoje, o idioma de mais de 250 milhões de pessoas, em 22 países – que compartilham o mesmo patrimônio histórico e cultural, embora mantenham suas peculiaridades.
Foi nesse ano também que, o profeta Maomé iniciou o seu chamado ao islamismo e converteu os árabes a uma nova religião, que se espalhou para além dos limites da península arábica. Em apenas um século, a religião Islâmica se estendeu pela Península Ibérica, Norte da África e África Central, todo o Oriente Médio e Ásia Central, anunciando o surgimento de um Estado e uma civilização Árabe-Islâmica, que compreendia muitos outros povos e nações não árabes.
Uma civilização que contribuiu para o desenvolvimento humano ao influenciar a arte, filosofia, medicina, astronomia, matemática, física e navegação, além de prestar grandes serviços à humanidade como a preservação da cultura grega, romana e bizantina.
Desafios do idioma
Língua semita central, próxima do hebraico e das línguas neo-aramaicas, o árabe tem diversas variantes, distribuídas geograficamente, entre elas o árabe clássico, o árabe moderno e o árabe coloquial.O árabe clássico é a língua usada no Corão, considerado, portanto, normativo. Pela dificuldade em traduzir alguns conceitos da própria cultura árabe ou do islã, os muçulmanos, por tradição, consideram impossível traduzir o livro sagrado sem trair o sentido original do texto. É por essa razão que, diferentemente de outros idiomas que evoluíram com o tempo, o árabe mantém intactas as suas características.
O árabe coloquial ou dialetal se refere às diversas variantes nacionais ou regionais que formam a língua oral, utilizadas principalmente na mídia falada informal, como em telenovelas ou na publicidade – não por acaso, muitos linguistas as consideram idiomas distintos do árabe. Já o árabe padrão moderno (por vezes chamado de árabe literário) é a versão amplamente ensinada em escolas e universidades, e utilizada em ambientes de trabalho, órgãos governamentais e na mídia.
Tantas variantes já seriam suficientes para torná-lo desafiador para qualquer pessoa que ousar enfrentá-lo, não fosse outra característica que o torna ainda mais complicado de entender e assimilar: em árabe, uma palavra pode ser um nome, um verbo ou uma preposição. Não existem, como no português, categorias distintas para os adjetivos, advérbios etc.
Composto de 28 letras escritas da direita para a esquerda, que podem formar até 84 maneiras diferentes de escrever, dependendo da posição que ocupam no início, no meio ou no final da palavra, o árabe destaca as consoantes e a utilização de vogais é opcional. Os livros são lidos de trás para frente.
Embora seja o segundo idioma, depois do latim, que mais contribuiu com a ampliação de vocábulos para as línguas portuguesa e espanhola, o árabe possui cinco letras do alfabeto árabe sem referentes no português. É por essa razão que num trabalho de tradução para o árabe, é comum recorrer a línguas mais conhecidas e difundidas, tais como inglês, francês, espanhol ou alemão – cuja influência remete à dominação político-econômica das potências mundiais na região. Com a globalização e a ampliação dos recursos tecnológicos e da internet, que favoreceram a influencia de diferentes idiomas em outras línguas, a tradução de documentos do árabe para outro idioma requer ainda mais cuidados – que devem ser ainda maiores no caso de tradução de normas e documentos técnicos.
Escrita como arte
A caligrafia também é um aspecto que deve ser levado em consideração na hora de traduzir o árabe para outra língua. Cursiva por natureza, a sua composição é, muitas vezes, abstrata. Seus compatriotas consideram a escrita, inclusive, uma forma de arte das mais importantes e, não por acaso, são utilizadas em pinturas, tapeçarias e pratarias.Tanto preciosismo fez como que a All Tasks, no inicio dos trabalhos de tradução do português para o árabe, utilizasse canetas de bambu e realizasse um acompanhamento detalhado de todo o processo de impressão do documento na gráfica. Embora hoje já sejam utilizados computadores no processo, o acompanhamento da impressão ainda é necessário.
Por ter muitos símbolos parecidos que representam diferentes letras e sons, diferenciados apenas por pequenos traços ou pontos, o árabe é um idioma difícil de ser aprendido. Mais um motivo para que a tradução de documentos, literários ou técnicos, do árabe para o português seja feita por uma empresa especializada.
Na tradução do árabe para o português também é preciso utilizar o Double Byte Character Sets (Conjuntos de Caracteres de Bytes Duplos). Isso porque, assim como ocorre com o japonês, chinês ou coreano, não há espaços entre os diferentes caracteres, o que pode causar problemas, como a presença de linhas desconexas. No caso do árabe (assim como do hebraico e do urdu), há ainda a necessidade da utilização de uma etiqueta DIR (Algoritmo Direcional Unicode) que indica a direção em que um texto deve ser lido. Uma boa empresa de tradução deve ter acesso a essa tecnologia e a profissionais altamente capacitados na tradução do árabe para qualquer idioma.