Uma breve história sobre o idioma italiano
Conheça algumas curiosidades do idioma, fatores culturais e históricos que influenciam na tradução para o italiano.
Por Giuseppina Gatta
O idioma italiano, junto com os outros chamados “idiomas românicos”, que são o espanhol, o português, o francês, o romeno e o catalão, deriva do latim. O latim ainda é utilizado no Vaticano para procedimentos legais, mas é considerado um idioma morto. O italiano pode ser considerado o descendente mais direto do idioma latino, mas, apesar da sua origem antiga, o idioma oficial italiano não tem uma história longa por razões históricas e políticas.
Uma das razões é que levou muito tempo para que a Itália pudesse ser considerada e declarada um “país”, mas também devido à influência da Igreja Católica e às várias dominações e invasões a que a Itália esteve sujeita por muitos séculos.
Um primeiro exemplo do que se tornará italiano no futuro pode ser visto e encontrado durante a Idade Média, com o chamado “volgare”, que significa a linguagem utilizada pelas pessoas ("vulgus" em Latim), ao contrário do idioma oficial latino.
Um dos poetas mais importantes e amplamente conhecidos, que utilizava o “volgare” em seus trabalhos era Dante Alighieri. Ele nasceu na Toscana, a qual, mais tarde, foi escolhida por outro importante autor italiano, Alessandro Manzoni, o qual, com o romance "I promessi sposi" (“Os Noivos”), publicado pela primeira vez em 1827, deu origem ao primeiro idioma italiano. Alessandro Manzoni nasceu em Milão, mas achou importante ir à Florença, na Toscana, com a finalidade de "risciacquare i panni in Arno" (“lavar suas roupas no Rio Arno”), ou seja, ele precisava purificar seu idioma com o dialeto toscano, que é considerada a melhor forma e a mais pura de um precursor do idioma italiano.
Na época da publicação de "I promessi sposi", a Itália ainda era governada pela Áustria e ainda não tinha alcançado o status de um país. Porém, a origem do idioma oficial italiano pode ser identificada, definitivamente, pela publicação da obra-prima da literatura italiana. "I promessi sposi" ainda é estudada em escolas públicas e faz parte do programa obrigatório da literatura italiana.
Além da Itália, o italiano é o idioma oficial dos países e territórios a seguir: Suíça (Canton Ticino), o Vaticano, a República de S. Marino a algumas áreas da Eslovênia e Croácia. Além disso, o italiano também é ensinado e falado em outros países, por exemplo, Albânia, Eritreia, Líbia, Etiópia. Estima-se (fonte: CIA – The World Factbook) que cerca de 200 milhões de pessoas falam italiano no mundo: cerca de 75 milhões são falantes nativos, enquanto que o restante fala o italiano como segundo idioma.
O italiano também foi influenciado por outros idiomas, além do latim. Podemos encontrar muitos exemplos de termos que derivam, entre outros, do idioma grego (principalmente termos médicos e científicos), do árabe (principalmente termos ligados à matemática, química e contabilidade), do francês, do alemão e, mais recentemente, do inglês. Em várias áreas como marketing, publicidade, jornalismo, é considerado muito elegante utilizar termos em inglês, às vezes com um significado levemente diferente do original.
As diversas influências de outras culturas, idiomas e pessoas, que tiveram várias funções durante a história da Itália e seu idioma, podem ser vistas em uma grande variedade de dialetos falado em diferentes regiões. Esses dialetos representam uma herança linguística e cultural importante. Muitas pessoas preferem se expressar no próprio dialeto e, muitas vezes, elas não têm muito em comum com o idioma italiano oficial e são dificilmente compreensíveis para a população não-local. Para nomear alguns exemplos, na província de Lecce, sudeste da Itália, o dialeto local, chamado “griko”, tem muito mais em comum com o idioma grego do que o idioma italiano, devido ao fato de que o sudeste da Itália foi uma colônia grega há muitos séculos. A napolitana foi fortemente influenciada pela dominação de Bourbon e tem muito em comum com a Espanha. A lista poderia continuar indefinidamente, mas esses poucos exemplos mostram que qualquer idioma é a “summa” de diferentes eventos culturais, históricos e políticos que caracterizam a história de seus falantes.
O idioma italiano, junto com os outros chamados “idiomas românicos”, que são o espanhol, o português, o francês, o romeno e o catalão, deriva do latim. O latim ainda é utilizado no Vaticano para procedimentos legais, mas é considerado um idioma morto. O italiano pode ser considerado o descendente mais direto do idioma latino, mas, apesar da sua origem antiga, o idioma oficial italiano não tem uma história longa por razões históricas e políticas.
Uma das razões é que levou muito tempo para que a Itália pudesse ser considerada e declarada um “país”, mas também devido à influência da Igreja Católica e às várias dominações e invasões a que a Itália esteve sujeita por muitos séculos.
Um primeiro exemplo do que se tornará italiano no futuro pode ser visto e encontrado durante a Idade Média, com o chamado “volgare”, que significa a linguagem utilizada pelas pessoas ("vulgus" em Latim), ao contrário do idioma oficial latino.
Um dos poetas mais importantes e amplamente conhecidos, que utilizava o “volgare” em seus trabalhos era Dante Alighieri. Ele nasceu na Toscana, a qual, mais tarde, foi escolhida por outro importante autor italiano, Alessandro Manzoni, o qual, com o romance "I promessi sposi" (“Os Noivos”), publicado pela primeira vez em 1827, deu origem ao primeiro idioma italiano. Alessandro Manzoni nasceu em Milão, mas achou importante ir à Florença, na Toscana, com a finalidade de "risciacquare i panni in Arno" (“lavar suas roupas no Rio Arno”), ou seja, ele precisava purificar seu idioma com o dialeto toscano, que é considerada a melhor forma e a mais pura de um precursor do idioma italiano.
Na época da publicação de "I promessi sposi", a Itália ainda era governada pela Áustria e ainda não tinha alcançado o status de um país. Porém, a origem do idioma oficial italiano pode ser identificada, definitivamente, pela publicação da obra-prima da literatura italiana. "I promessi sposi" ainda é estudada em escolas públicas e faz parte do programa obrigatório da literatura italiana.
Além da Itália, o italiano é o idioma oficial dos países e territórios a seguir: Suíça (Canton Ticino), o Vaticano, a República de S. Marino a algumas áreas da Eslovênia e Croácia. Além disso, o italiano também é ensinado e falado em outros países, por exemplo, Albânia, Eritreia, Líbia, Etiópia. Estima-se (fonte: CIA – The World Factbook) que cerca de 200 milhões de pessoas falam italiano no mundo: cerca de 75 milhões são falantes nativos, enquanto que o restante fala o italiano como segundo idioma.
O italiano também foi influenciado por outros idiomas, além do latim. Podemos encontrar muitos exemplos de termos que derivam, entre outros, do idioma grego (principalmente termos médicos e científicos), do árabe (principalmente termos ligados à matemática, química e contabilidade), do francês, do alemão e, mais recentemente, do inglês. Em várias áreas como marketing, publicidade, jornalismo, é considerado muito elegante utilizar termos em inglês, às vezes com um significado levemente diferente do original.
As diversas influências de outras culturas, idiomas e pessoas, que tiveram várias funções durante a história da Itália e seu idioma, podem ser vistas em uma grande variedade de dialetos falado em diferentes regiões. Esses dialetos representam uma herança linguística e cultural importante. Muitas pessoas preferem se expressar no próprio dialeto e, muitas vezes, elas não têm muito em comum com o idioma italiano oficial e são dificilmente compreensíveis para a população não-local. Para nomear alguns exemplos, na província de Lecce, sudeste da Itália, o dialeto local, chamado “griko”, tem muito mais em comum com o idioma grego do que o idioma italiano, devido ao fato de que o sudeste da Itália foi uma colônia grega há muitos séculos. A napolitana foi fortemente influenciada pela dominação de Bourbon e tem muito em comum com a Espanha. A lista poderia continuar indefinidamente, mas esses poucos exemplos mostram que qualquer idioma é a “summa” de diferentes eventos culturais, históricos e políticos que caracterizam a história de seus falantes.