Norueguês: idioma das runas
Língua germânica falada por aproximadamente 5 milhões de pessoas, principalmente na Noruega, o norueguês é muito próximo da pronúncia do sueco e da escrita do dinamarquês. Além disso, a geografia e os padrões de fixação na Noruega deram origem a uma miríade de dialetos locais e regionais – motivo pelo qual a tradução técnica do norueguês para qualquer outro idioma exige um profissional especializado nas três línguas, além de um vasto conhecimento cultural.
Por Juliana Tavares
Assim como as demais línguas escandinavas, o norueguês procede de um tronco comum, o proto-nórdico, do qual restam alguns fragmentos de inscrições rúnicas do século III. O alfabeto latino, introduzido junto com o cristianismo, substituiu os símbolos rúnicos e, no século XI, o norueguês já constituía um idioma próprio.
No entanto, entre 1380 e 1814, devido à anexação da Noruega à coroa da Dinamarca, o dinamarquês ocupou a condição de língua oficial da Noruega, sendo utilizado, sobretudo pelas classes cultas e urbanas, enquanto, nas zonas rurais, as classes populares utilizavam dialetos, mais ou menos homogêneos quanto à pronúncia, léxico e sintaxe: o norueguês do oeste (vestlandsk); o norueguês do leste (østlandsk); norueguês do norte (nordlandsk); e o norueguês do centro (trøndersk).
Em meados do século XIX e em resposta aos desejos de nacionalizar o idioma e retomar a própria identidade do país, o linguista Ivar Aasen iniciou a construção de uma nova língua escrita que se configurava como norma nacional. A partir de então, passaram a coexistir duas versões escritas oficiais do norueguês, o Bokmål (Norueguês Livresco) e o Nynorsk (Norueguês Novo). O Bokmål baseia-se no dano-norueguês e desenvolveu-se a partir do dinamarquês escrito adaptado à fonologia do dialeto geral falado no leste da Noruega. O Nynorsk foi baseado numa compilação dos diversos dialetos do oeste da Noruega. As duas versões, porém, possuem a mesma consideração legal e docente.
Cerca de 20 mil indivíduos na Noruega, contudo, têm como língua materna o Sámi, que faz parte do ramo linguístico uralo-altaico.
Com um alfabeto de 26 letras latinas com mais três adicionais: æ, ø, å, o norueguês utiliza sinais diacríticos de forma limitada. As letras c, q, w, x, z só são utilizadas em alguns prenomes, sobrenomes de família e palavras de origem estrangeira. Os acentos agudo, grave e circunflexo podem ser utilizados para distinguir entre certos homógrafos, e também em palavras de origem estrangeira para assinalar a sílaba tônica ou preservar a grafia original. A maioria dos dialetos têm 18 vogais simples e seis ditongos. E, ao contrário das demais línguas escandinavas, incluindo a maioria dos dialetos de bokmål, o nynorsk conserva o uso do gênero feminino juntamente com o neutro e o masculino. Todas essas peculiaridades fazem com que a tradução de documentos em norueguês para qualquer idioma exija profissionais especializados.
Assim como as demais línguas escandinavas, o norueguês procede de um tronco comum, o proto-nórdico, do qual restam alguns fragmentos de inscrições rúnicas do século III. O alfabeto latino, introduzido junto com o cristianismo, substituiu os símbolos rúnicos e, no século XI, o norueguês já constituía um idioma próprio.
No entanto, entre 1380 e 1814, devido à anexação da Noruega à coroa da Dinamarca, o dinamarquês ocupou a condição de língua oficial da Noruega, sendo utilizado, sobretudo pelas classes cultas e urbanas, enquanto, nas zonas rurais, as classes populares utilizavam dialetos, mais ou menos homogêneos quanto à pronúncia, léxico e sintaxe: o norueguês do oeste (vestlandsk); o norueguês do leste (østlandsk); norueguês do norte (nordlandsk); e o norueguês do centro (trøndersk).
Em meados do século XIX e em resposta aos desejos de nacionalizar o idioma e retomar a própria identidade do país, o linguista Ivar Aasen iniciou a construção de uma nova língua escrita que se configurava como norma nacional. A partir de então, passaram a coexistir duas versões escritas oficiais do norueguês, o Bokmål (Norueguês Livresco) e o Nynorsk (Norueguês Novo). O Bokmål baseia-se no dano-norueguês e desenvolveu-se a partir do dinamarquês escrito adaptado à fonologia do dialeto geral falado no leste da Noruega. O Nynorsk foi baseado numa compilação dos diversos dialetos do oeste da Noruega. As duas versões, porém, possuem a mesma consideração legal e docente.
Cerca de 20 mil indivíduos na Noruega, contudo, têm como língua materna o Sámi, que faz parte do ramo linguístico uralo-altaico.
Com um alfabeto de 26 letras latinas com mais três adicionais: æ, ø, å, o norueguês utiliza sinais diacríticos de forma limitada. As letras c, q, w, x, z só são utilizadas em alguns prenomes, sobrenomes de família e palavras de origem estrangeira. Os acentos agudo, grave e circunflexo podem ser utilizados para distinguir entre certos homógrafos, e também em palavras de origem estrangeira para assinalar a sílaba tônica ou preservar a grafia original. A maioria dos dialetos têm 18 vogais simples e seis ditongos. E, ao contrário das demais línguas escandinavas, incluindo a maioria dos dialetos de bokmål, o nynorsk conserva o uso do gênero feminino juntamente com o neutro e o masculino. Todas essas peculiaridades fazem com que a tradução de documentos em norueguês para qualquer idioma exija profissionais especializados.