Espanhol: romântico e global
Conheça algumas sutilezas, aspectos culturais e históricos do idioma que precisam ser consideradas na hora de contratar uma tradução para o espanhol ou ainda uma tradução de português para o espanhol. A All Tasks, empresa de tradução, especializada em realizar traduções técnicas de grande porte, normas técnicas, tradução de manuais técnicos e de documentações técnicas, mantém uma equipe qualificada e capacitada para atender a grandes demandas para esse idioma, importante principalmente por ser um falado em tantos países, gerando até mesmo discussões geopolíticas.
Por Juliana Tavares
Considerada a língua oficial de mais de 20 países no mundo e o idioma estrangeiro mais popular nos Estados Unidos e Canadá – o que representa um universo de mais de 400 milhões de falantes nativos e 100 milhões que o têm como segunda língua – o Espanhol ganhou um papel de destaque no cenário global. Depois do inglês, o idioma é a segunda língua mais utilizada no comércio mundial, e a terceira língua internacional na política, diplomacia, economia e cultura, depois do inglês e do francês. Também é o terceiro entre os idiomas mais falados no mundo, atrás do inglês e do mandarim.
Além disso, apesar de haver certa uniformidade na maneira culta do idioma proporcionada pelas diversas academias espalhadas pelo mundo e pelo método unitário de ensino divulgado pelo Instituto Cervantes, há peculiaridades que apenas um especialista no idioma poderia perceber.E isso está diretamente ligado à história da língua.
Muitas das palavras espanholas derivem do latim. Contudo, o idioma foi fortemente influenciado por outras línguas pré-latinas, como o grego, o euskera (ou basco) e o celta – povos que ocuparam seus territórios por séculos. Com a união das monarquias de Castela e Aragão, que estenderam seu domínio por grande parte da península no século XV, o espanhol (também chamado de castelhano) se impulsionou sobre os demais idiomas e dialetos da região, tornando-se a língua oficial.
Além disso, a invasão dos visigodos, no começo do século V, que estimulou a introdução de algumas palavras de origem germana ao idioma; a dominação árabe, no século VIII, e italiana, nos séculos XV e XVI; e a influência dos eclesiásticos franceses no século XI também exerceram forte contribuição para a evolução da língua. Cada colônia espanhola introduziu novos termos de línguas nativas e de outras fontes ao castelhano, fazendo com que ele ganhasse uma característica diferenciada em cada país. Esse conjunto de fatores faz com que a tradução para o espanhol requeira um excelente banco de dados do profissional envolvido no trabalho, além de uma profunda bagagem cultural.
Hoje, a Espanha é considerada um "Estado de Autonomias” – um país formalmente unitário, mas que funciona como uma federação descentralizada de comunidades autônomas. Entre essas comunidades estão a Andaluzia, o País Basco, a Catalunha e Galiza, que também mantém seus próprios idiomas. Por essa razão, a Espanha é, depois da Bélgica e de Luxemburgo, o estado da União Europeia onde o fenômeno do plurilinguismo é a sua principal particularidade.
Terra do flamenco e das touradas, Andaluzia ocupa boa parte da porção sul da Espanha e representa a memória viva da presença muçulmana na Península Ibérica. O dialeto andaluz é uma variação do idioma castelhano, tanto a nível léxico e fonológico, como morfossintático. É o dialeto mais falado na Península Ibérica, embora jamais tenha sido unificado ou oficialmente normatizado.
O país Basco, localizado no extremo norte da Espanha e no extremo sudoeste da França, possui uma cultura e língua próprias, razão pela qual defende sua independência da Espanha desde o final do século XIX. O euskara, ou basco, já era falado muito antes dos romanos introduzirem o latim na Península Ibérica. Não possui línguas similares à nenhum outro idioma europeu: a sua estrutura sentencial é praticamente idêntica à do turco ou do japonês. Não por acaso, o escritor Aldous Huxley escreveu: "a língua basca é o desespero dos eruditos e a mais misteriosa de todas as línguas conhecidas".
A Catalunha é outra região que possui língua própria e uma tradição cultural, política e jurídica diferenciada. Falada atualmente por 10 milhões de pessoas que estão distribuídas nas Ilhas Baleares, Valência e Aragão, na Espanha, em parte da Faixa de Gaza-Oeste, Andorra (onde é a única língua oficial), Sul da França (chamado de "Catalunya Nord") e na cidade italiana de Alghero, o catalão é a língua com maior número de falantes entre as denominadas "regionais ou minoritárias" na União Européia.
Já a língua galega, idioma oficial da Comunidade Autônoma da Galiza, é também utilizada nas zonas de fronteira das comunidades autônomas das Astúrias e de Castela-Leão e nas comunidades de galegos emigrantes, como na Argentina, Cuba e no Uruguai. Pode ser vista como uma forma evoluída do galego-português, com algumas influências do castelhano e umas poucas formas e traços próprios inexistentes em português.
Considerada a língua oficial de mais de 20 países no mundo e o idioma estrangeiro mais popular nos Estados Unidos e Canadá – o que representa um universo de mais de 400 milhões de falantes nativos e 100 milhões que o têm como segunda língua – o Espanhol ganhou um papel de destaque no cenário global. Depois do inglês, o idioma é a segunda língua mais utilizada no comércio mundial, e a terceira língua internacional na política, diplomacia, economia e cultura, depois do inglês e do francês. Também é o terceiro entre os idiomas mais falados no mundo, atrás do inglês e do mandarim.
Sabe aquele “Portunhol”?
Assim como o português, o espanhol é originário do latim vulgar – motivo pelo qual se convencionou apresentá-los como línguas irmãs. Essa familiaridade ajuda muito na aprendizagem do espanhol pelos brasileiros – ao mesmo tempo que representa um verdadeiro perigo nos trabalhos de tradução envolvendo este par de idiomas. Basta lembrar o famoso “Portunhol”. Primeiramente por conta dos falsos cognatos: palavras iguais na escrita ou na pronúncia, mas que possuem significados diferentes em cada uma das línguas. Exemplos não faltam e ajudam a explicar o motivo pelo qual em matéria de tradução para o espanhol no Brasil, a mistura genuinamente verde-amarela entre português e espanhol, o portunhol, ainda é uma constante na sociedade. São vários os exemplos de falsos cognatos:Em Espanhol | Em Português |
Berro | Agrião |
Estofado | Ensopado, Cozido |
Pelado | Careca, Calvo |
Saco | Paletó |
Exquisita | Deliciosa, Gostosa |
Embarazada | Grávida |
Muitas das palavras espanholas derivem do latim. Contudo, o idioma foi fortemente influenciado por outras línguas pré-latinas, como o grego, o euskera (ou basco) e o celta – povos que ocuparam seus territórios por séculos. Com a união das monarquias de Castela e Aragão, que estenderam seu domínio por grande parte da península no século XV, o espanhol (também chamado de castelhano) se impulsionou sobre os demais idiomas e dialetos da região, tornando-se a língua oficial.
Além disso, a invasão dos visigodos, no começo do século V, que estimulou a introdução de algumas palavras de origem germana ao idioma; a dominação árabe, no século VIII, e italiana, nos séculos XV e XVI; e a influência dos eclesiásticos franceses no século XI também exerceram forte contribuição para a evolução da língua. Cada colônia espanhola introduziu novos termos de línguas nativas e de outras fontes ao castelhano, fazendo com que ele ganhasse uma característica diferenciada em cada país. Esse conjunto de fatores faz com que a tradução para o espanhol requeira um excelente banco de dados do profissional envolvido no trabalho, além de uma profunda bagagem cultural.
Mundo de contradições
As influências históricas não são as únicas características que fazem do idioma espanhol um dos mais interessantes do planeta. Quando se tem em mente a vastidão do território espanhol, as peculiaridades são ainda mais latentes.Hoje, a Espanha é considerada um "Estado de Autonomias” – um país formalmente unitário, mas que funciona como uma federação descentralizada de comunidades autônomas. Entre essas comunidades estão a Andaluzia, o País Basco, a Catalunha e Galiza, que também mantém seus próprios idiomas. Por essa razão, a Espanha é, depois da Bélgica e de Luxemburgo, o estado da União Europeia onde o fenômeno do plurilinguismo é a sua principal particularidade.
Terra do flamenco e das touradas, Andaluzia ocupa boa parte da porção sul da Espanha e representa a memória viva da presença muçulmana na Península Ibérica. O dialeto andaluz é uma variação do idioma castelhano, tanto a nível léxico e fonológico, como morfossintático. É o dialeto mais falado na Península Ibérica, embora jamais tenha sido unificado ou oficialmente normatizado.
O país Basco, localizado no extremo norte da Espanha e no extremo sudoeste da França, possui uma cultura e língua próprias, razão pela qual defende sua independência da Espanha desde o final do século XIX. O euskara, ou basco, já era falado muito antes dos romanos introduzirem o latim na Península Ibérica. Não possui línguas similares à nenhum outro idioma europeu: a sua estrutura sentencial é praticamente idêntica à do turco ou do japonês. Não por acaso, o escritor Aldous Huxley escreveu: "a língua basca é o desespero dos eruditos e a mais misteriosa de todas as línguas conhecidas".
A Catalunha é outra região que possui língua própria e uma tradição cultural, política e jurídica diferenciada. Falada atualmente por 10 milhões de pessoas que estão distribuídas nas Ilhas Baleares, Valência e Aragão, na Espanha, em parte da Faixa de Gaza-Oeste, Andorra (onde é a única língua oficial), Sul da França (chamado de "Catalunya Nord") e na cidade italiana de Alghero, o catalão é a língua com maior número de falantes entre as denominadas "regionais ou minoritárias" na União Européia.
Já a língua galega, idioma oficial da Comunidade Autônoma da Galiza, é também utilizada nas zonas de fronteira das comunidades autônomas das Astúrias e de Castela-Leão e nas comunidades de galegos emigrantes, como na Argentina, Cuba e no Uruguai. Pode ser vista como uma forma evoluída do galego-português, com algumas influências do castelhano e umas poucas formas e traços próprios inexistentes em português.